sábado, 1 de outubro de 2011

CNJ recebe pedido de Marta Suplicy para uniformizar aplicação da regra sobre união homoafetiva


BRASÍLIA - Apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter reconhecido - desde maio de 2011 - a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar, essa decisão não tem sido seguida de modo uniforme no país. O descompasso levou a coordenadora daFrente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais) no Senado, Marta Suplicy (PT-SP), a reivindicar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uma norma determinando a uniformização de procedimentos no reconhecimento desse tipo de união em todos os Estados.
A iniciativa foi divulgada pela senadora, nesta quinta-feira (29), durante a abertura do "Seminário Famílias pela Igualdade", realizada em parceria pelas Comissões de Direitos Humanos (CDH) da Câmara e do Senado. Segundo assinalou, a Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) já elaborou sugestões de proposta de emenda à Constituição (PEC) e de projeto de Estatuto da Diversidade Sexual para adequar a legislação brasileira à decisão do STF.
"No que tange ao reconhecimento da união estável homoafetiva e sua conversão em casamento, muitas são as dificuldades ainda impostas. Falta regulamentação uniforme aplicável à decisão do STF. Magistrados e promotores têm proferido decisões e pareceres contraditórios, o que gera muita insegurança, conflitos de competência do Juízo e necessidade de infindáveis, demorados e injustificáveis recursos a instâncias superiores" lamentou Marta Suplicy.
Cidadania
Coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT na Câmara, o deputado federal Jean Willys (PSol-RJ) comentou que o encontro com integrantes do Mães pela Igualdade, grupo de mulheres cujos filhos foram vítimas da violência homofóbica, motivou a realização desse seminário. Conforme ressaltou, a criminalização da homofobia e o casamento civil igualitário são as principais bandeiras do movimento.
"Essas mulheres nos procuraram para dizer que são entidades familiares e têm direito a gozar da proteção do Estado" declarou Jean Willys, autor de PEC para garantir o direito ao casamento civil a todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual.
Assim como o deputado, a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) disse reconhecer a dificuldade de se discutir temas ligados à cidadania LGBT "num Congresso conservador". Mas afirmou estar feliz por colocar em pauta o debate sobre o casamento igualitário, legalizado na Argentina desde julho de 2010.
O presidente da CDH no Senado, Paulo Paim (PT-RS), afirmou estar acompanhando "com enorme preocupação" os sucessivos casos de violência contra LGBTs motivados por homofobia. Ao mesmo tempo em que reforçou o compromisso da comissão com o combate a todas as formas de preconceito, informou que o PLC 122/06, que criminaliza essa prática, será colocado em votação tão logo Marta Suplicy conclua relatório sobre a matéria.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Feridos da Parada LGBT da Ribeira recebem alta de hospital em Salvador

Quatro dos seis feridos estavam internados no HGE desde sábado (24).
                         Três pessoas caíram do trio e feriram outras três durante o evento.



As quatro pessoas que estavam hospitalizadas por conta de um acidente ocorrido na Parada do Orgulho LGBT do bairro da Ribeira, localizado na região da Cidade Baixa, em Salvador, receberam alta médica do Hospital Geral do Estado (HGE) no domingo (25), segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). O evento foi realizado durante o sábado (24). Duas mulheres também ficaram feridas, mas foram liberadas do hospital ainda no sábado.

Segundo a polícia, o acidente aconteceu após uma grade de proteção do trio da festa ficar preso em um fio de eletricidade. Três pessoas caíram de uma altura de seis metros e atingiram outras três que estavam no chão ao lado do trio. Duas mulheres foram encaminhadas para o Hospital São Jorge, localizado no Largo de Roma, foram liberadas logo depois de receberem atendimento médico. As outras quatro pessoas que foram levadas HGE deixaram o hospital na noite de domingo (25).

Gay assumido, Dr. Marcelo, Ex-BBB, se casa no Rio.


O ex-BBB Marcelo Arantes, que ficou conhecido como "dr. Marcelo" por ser psiquiatra, anunciou no Twitter que se casou. Em seguida, postou uma foto do braço dele e do parceiro (veja abaixo).

A união civil do ex-BBB - que é gay - com seu companheiro foi oficializada no 14º Ofício de Notas no Rio de Janeiro e a foto do casal postada por ele na página do microblog.

Marcelo estava ao lado de seu parceiro e limitou-se a dizer que está muito feliz. Impedido pelo companheiro de dar mais detalhes sobre a união, o ex-BBB disse apenas que eles estão juntos desde 2010 e moram em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

"Oficializamos nossa união nesta sexta-feira, 22, no Rio. Há um mês minha família veio de Minas para um almoço para comemorar nossa decisão. Estou muito feliz!", disse Marcelo que convidou a amiga e também ex-BBB Thalita Lippi para ser a madrinha.

O pai de Marcelo, o pesquisador Neilson Arantes, que comemorou com a mulher e mãe do psiquiatra, Joana, a união do filho, disse que ficou muito emocionado.

"Para mim, é a mesma emoção que senti com meus outros filhos que se casaram. Tenho mais três filhos além do Marcelo e é o mesmo sentimento de felicidade, de vê-lo redirecionando sua vida."






A modelo transex Lea T. afirma sofrer bullying diariamente, em desabafo com Marília Gabriela.

A modelo transexual Lea T. é a convidada do próximo domingo (2) do programa "De Frente com Gabi", do SBT.
Na conversa com Marília Gabriela, Lea afirmou que sofrebullying diariamente: "Eu sofro bullying todos os dias. Eu achava que eu era gay, mas ser gay é algo mais sexual. A transexualidade é um gosto. Eu posso ser lésbica e ser transexual", disse a modelo.
Nascido Leandro Cerezo, ela é uma pessoa culta, letrada, formada em artes em Florença e quase formada em veterinária em Milão. Lea foi descoberta pelo diretor de arte da Maison Givenchy, e hoje faz sucesso nas passarelas do Brasil e do mundo. Ela chega ao programa para falar de sua vida, suas dúvidas e certezas, seus desejos para o futuro e até sobre a polêmica cirurgia de mudança de sexo que pretende realizar.
Em outro momento da entrevista, a filha do ex-jogador de futebolToninho Cerezo disse que gay sofre muita discriminação: "O gay sofre muita discriminação, mas a transexual é mais".

Gays procuram produtos diferenciados, mas fazem questão de atendimento normal, sem qualquer preconceito.



Não é preciso colocar a bandeira com as cores do arco-íris na fachada ou fazer qualquer outro tipo de alusão à causa LGBT: o que os consumidores gays realmente valorizam são produtos inovadores e de qualidade, além de um atendimento desprovido de qualquer preconceito. Ao cumprir essas simples exigências, as empresas ganham a chance de vender para um público estimado em 18 milhões de pessoas no País.

Além de numerosos, esses consumidores ainda possuem outra característica que as empresas costumam apreciar muito: boa condição financeira. E por não comprometerem, normalmente, seu orçamento com as despesas da criação de filhos, sobra mais dinheiro para os gastos pessoais.
Essa é a explicação para o fato de LGBTs gastarem 30% mais em bens de consumo do que os heterossexuais. De acordo com pesquisa da InSearch, consultoria que estuda hábitos de compra dos consumidores, as despesas com lazer e cosméticos também são maiores - 43% e 64%, respectivamente.
"Por serem consumidores mais frequentes, os gays se tornam mais exigentes", afirma Luiz Redeschi, organizador da Expo Business LGBT. "Eles conhecem mais empresas e por isso mesmo têm parâmetros para comparar e avaliar se o serviço prestado foi bom ou se poderia ser melhor."
Além de analisar todos os quesitos que um cliente heterossexual observaria no momento da compra, o homossexual vai prestar atenção também na postura da marca ao abordá-lo. "Os funcionários das empresas, até por despreparo, muitas vezes fazem uma diferenciação com os gays. Se isso causar constrangimento ou estranhamento ao consumidor, ele nunca mais vai voltar", avisa Redeschi.
Portanto, oferecer treinamento aos empregados e discutir o tema com a equipe de vendas são formas de qualificar o atendimento. Mas o melhor mesmo é o empresário exterminar de vez qualquer preconceito.
"O fato de o cliente ser ou não ser gay não faz a menor diferença. Nós o tratamos exatamente do mesmo jeito, não chega nem a ser algo em que a gente preste atenção", afirma a empresária Tabata Maffini, sócia da loja de roupas masculinas Mezmo, localizada na Rua Frei Caneca, em São Paulo, e que atende o público gay.
Skatistas, roqueiros e engravatados também compram as roupas descoladas da Mezmo. Por isso, a receita de Tabata é simples: não julgar pelas aparências. "Não é porque um homem entra na loja de terno e gravata que ele vai escolher a roupa mais séria da coleção."
Para Fabio Mariano, sócio da InSearch, as empresas que conquistarem LGBTs como clientes terão ainda a vantagem de trabalhar para consumidores fascinados por novas tendências. "Eles gostam de produtos inovadores, que gerem distinção", indica Mariano.
Fonte:O Estado de S.Paulo

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cinema - Filmes gays brasileiros arrasam em Portugal, e faturam prêmio em Festival de Cinema.


Queer Lisboa - Festival Gay e Lésbico de Lisboa, premiou em sua 15ª e última edição, encerrada na última semana, dois filmes brasileiros, ambos integrantes da programação do "18º Festival Mixbrasil de Cinema da Diversidade Sexual", que rolou em novembro de 2010 em São Paulo.
“Rosa Morena”, filme do brasileiro Carlos Oliveira, ganhou a sessão competitiva de Melhor Longa-Metragem com um prêmio de mil euros. O longa conta a história de Thomas, um arquiteto, que não consegue adotar uma criança na Dinamarca e viaja para o Brasil, onde conhece uma jovem grávida que concorda em dar seu filho em troca de uma vida melhor.
Outro vencedor brasileiro foi o curta-metragem “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro, que faturou no "Queer Lisboa" o Prêmio do Público para o Melhor Curta-Metragem, levando também para casa a quantia de mil euros. No 18º Mixbrasil, a produção ganhou nas categorias Melhor Curta Nacional (levando o cobiçado troféu Coelho de Ouro) e Melhor Roteiro. O curta já foi premiado também na Itália.
Confira na íntegra o curta metragem “Eu Não Quero Voltar Sozinho”:



Tributo a Jamey Rodemeyer Lady Gaga presta homenagem ao fã adolescente que suicidou-se, vítima de bullying.


Lady Gaga nunca esquece do seus "little monsters" ou monstrinhos, como os fãs da cantora são carinhosamente chamados por ela. Muitos desses fãs, aliás, podem estar sofrendo bullying, como o adolescente Jamey Rodemeyer, de 14 anos, que se matou na semana passada após sofrer assédio homofóbico por colegas de escola. 
Incansável defensora dos direitos LGBT, Gaga teria ficado inconsolável com a notícia do suicídio do adolescente, que era seu fã. Por isso a cantora, que estava em Las Vegas, para o encerramento do festival de música "iHeartRadio", resolveu fazer um tributo ao adolescente. Ela dedicou a ele uma versão especial de "Hair", uma de suas muitas músicas que incentiva a individualidade.
Perdemos um little monster essa semana, e eu queria dedicar essa música pra ele esta noite - disse Gaga, visivelmente emocionada.Jamey, eu sei que você está lá em cima olhando pra gente, e você não é uma vítima, é uma lição para todos nós. Em dado momento da canção, Gaga disse: Bullying é para os perdedores.
Confira a homenagem: