sábado, 1 de outubro de 2011

CNJ recebe pedido de Marta Suplicy para uniformizar aplicação da regra sobre união homoafetiva


BRASÍLIA - Apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter reconhecido - desde maio de 2011 - a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar, essa decisão não tem sido seguida de modo uniforme no país. O descompasso levou a coordenadora daFrente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais) no Senado, Marta Suplicy (PT-SP), a reivindicar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uma norma determinando a uniformização de procedimentos no reconhecimento desse tipo de união em todos os Estados.
A iniciativa foi divulgada pela senadora, nesta quinta-feira (29), durante a abertura do "Seminário Famílias pela Igualdade", realizada em parceria pelas Comissões de Direitos Humanos (CDH) da Câmara e do Senado. Segundo assinalou, a Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) já elaborou sugestões de proposta de emenda à Constituição (PEC) e de projeto de Estatuto da Diversidade Sexual para adequar a legislação brasileira à decisão do STF.
"No que tange ao reconhecimento da união estável homoafetiva e sua conversão em casamento, muitas são as dificuldades ainda impostas. Falta regulamentação uniforme aplicável à decisão do STF. Magistrados e promotores têm proferido decisões e pareceres contraditórios, o que gera muita insegurança, conflitos de competência do Juízo e necessidade de infindáveis, demorados e injustificáveis recursos a instâncias superiores" lamentou Marta Suplicy.
Cidadania
Coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT na Câmara, o deputado federal Jean Willys (PSol-RJ) comentou que o encontro com integrantes do Mães pela Igualdade, grupo de mulheres cujos filhos foram vítimas da violência homofóbica, motivou a realização desse seminário. Conforme ressaltou, a criminalização da homofobia e o casamento civil igualitário são as principais bandeiras do movimento.
"Essas mulheres nos procuraram para dizer que são entidades familiares e têm direito a gozar da proteção do Estado" declarou Jean Willys, autor de PEC para garantir o direito ao casamento civil a todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual.
Assim como o deputado, a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) disse reconhecer a dificuldade de se discutir temas ligados à cidadania LGBT "num Congresso conservador". Mas afirmou estar feliz por colocar em pauta o debate sobre o casamento igualitário, legalizado na Argentina desde julho de 2010.
O presidente da CDH no Senado, Paulo Paim (PT-RS), afirmou estar acompanhando "com enorme preocupação" os sucessivos casos de violência contra LGBTs motivados por homofobia. Ao mesmo tempo em que reforçou o compromisso da comissão com o combate a todas as formas de preconceito, informou que o PLC 122/06, que criminaliza essa prática, será colocado em votação tão logo Marta Suplicy conclua relatório sobre a matéria.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Feridos da Parada LGBT da Ribeira recebem alta de hospital em Salvador

Quatro dos seis feridos estavam internados no HGE desde sábado (24).
                         Três pessoas caíram do trio e feriram outras três durante o evento.



As quatro pessoas que estavam hospitalizadas por conta de um acidente ocorrido na Parada do Orgulho LGBT do bairro da Ribeira, localizado na região da Cidade Baixa, em Salvador, receberam alta médica do Hospital Geral do Estado (HGE) no domingo (25), segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). O evento foi realizado durante o sábado (24). Duas mulheres também ficaram feridas, mas foram liberadas do hospital ainda no sábado.

Segundo a polícia, o acidente aconteceu após uma grade de proteção do trio da festa ficar preso em um fio de eletricidade. Três pessoas caíram de uma altura de seis metros e atingiram outras três que estavam no chão ao lado do trio. Duas mulheres foram encaminhadas para o Hospital São Jorge, localizado no Largo de Roma, foram liberadas logo depois de receberem atendimento médico. As outras quatro pessoas que foram levadas HGE deixaram o hospital na noite de domingo (25).

Gay assumido, Dr. Marcelo, Ex-BBB, se casa no Rio.


O ex-BBB Marcelo Arantes, que ficou conhecido como "dr. Marcelo" por ser psiquiatra, anunciou no Twitter que se casou. Em seguida, postou uma foto do braço dele e do parceiro (veja abaixo).

A união civil do ex-BBB - que é gay - com seu companheiro foi oficializada no 14º Ofício de Notas no Rio de Janeiro e a foto do casal postada por ele na página do microblog.

Marcelo estava ao lado de seu parceiro e limitou-se a dizer que está muito feliz. Impedido pelo companheiro de dar mais detalhes sobre a união, o ex-BBB disse apenas que eles estão juntos desde 2010 e moram em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

"Oficializamos nossa união nesta sexta-feira, 22, no Rio. Há um mês minha família veio de Minas para um almoço para comemorar nossa decisão. Estou muito feliz!", disse Marcelo que convidou a amiga e também ex-BBB Thalita Lippi para ser a madrinha.

O pai de Marcelo, o pesquisador Neilson Arantes, que comemorou com a mulher e mãe do psiquiatra, Joana, a união do filho, disse que ficou muito emocionado.

"Para mim, é a mesma emoção que senti com meus outros filhos que se casaram. Tenho mais três filhos além do Marcelo e é o mesmo sentimento de felicidade, de vê-lo redirecionando sua vida."






A modelo transex Lea T. afirma sofrer bullying diariamente, em desabafo com Marília Gabriela.

A modelo transexual Lea T. é a convidada do próximo domingo (2) do programa "De Frente com Gabi", do SBT.
Na conversa com Marília Gabriela, Lea afirmou que sofrebullying diariamente: "Eu sofro bullying todos os dias. Eu achava que eu era gay, mas ser gay é algo mais sexual. A transexualidade é um gosto. Eu posso ser lésbica e ser transexual", disse a modelo.
Nascido Leandro Cerezo, ela é uma pessoa culta, letrada, formada em artes em Florença e quase formada em veterinária em Milão. Lea foi descoberta pelo diretor de arte da Maison Givenchy, e hoje faz sucesso nas passarelas do Brasil e do mundo. Ela chega ao programa para falar de sua vida, suas dúvidas e certezas, seus desejos para o futuro e até sobre a polêmica cirurgia de mudança de sexo que pretende realizar.
Em outro momento da entrevista, a filha do ex-jogador de futebolToninho Cerezo disse que gay sofre muita discriminação: "O gay sofre muita discriminação, mas a transexual é mais".

Gays procuram produtos diferenciados, mas fazem questão de atendimento normal, sem qualquer preconceito.



Não é preciso colocar a bandeira com as cores do arco-íris na fachada ou fazer qualquer outro tipo de alusão à causa LGBT: o que os consumidores gays realmente valorizam são produtos inovadores e de qualidade, além de um atendimento desprovido de qualquer preconceito. Ao cumprir essas simples exigências, as empresas ganham a chance de vender para um público estimado em 18 milhões de pessoas no País.

Além de numerosos, esses consumidores ainda possuem outra característica que as empresas costumam apreciar muito: boa condição financeira. E por não comprometerem, normalmente, seu orçamento com as despesas da criação de filhos, sobra mais dinheiro para os gastos pessoais.
Essa é a explicação para o fato de LGBTs gastarem 30% mais em bens de consumo do que os heterossexuais. De acordo com pesquisa da InSearch, consultoria que estuda hábitos de compra dos consumidores, as despesas com lazer e cosméticos também são maiores - 43% e 64%, respectivamente.
"Por serem consumidores mais frequentes, os gays se tornam mais exigentes", afirma Luiz Redeschi, organizador da Expo Business LGBT. "Eles conhecem mais empresas e por isso mesmo têm parâmetros para comparar e avaliar se o serviço prestado foi bom ou se poderia ser melhor."
Além de analisar todos os quesitos que um cliente heterossexual observaria no momento da compra, o homossexual vai prestar atenção também na postura da marca ao abordá-lo. "Os funcionários das empresas, até por despreparo, muitas vezes fazem uma diferenciação com os gays. Se isso causar constrangimento ou estranhamento ao consumidor, ele nunca mais vai voltar", avisa Redeschi.
Portanto, oferecer treinamento aos empregados e discutir o tema com a equipe de vendas são formas de qualificar o atendimento. Mas o melhor mesmo é o empresário exterminar de vez qualquer preconceito.
"O fato de o cliente ser ou não ser gay não faz a menor diferença. Nós o tratamos exatamente do mesmo jeito, não chega nem a ser algo em que a gente preste atenção", afirma a empresária Tabata Maffini, sócia da loja de roupas masculinas Mezmo, localizada na Rua Frei Caneca, em São Paulo, e que atende o público gay.
Skatistas, roqueiros e engravatados também compram as roupas descoladas da Mezmo. Por isso, a receita de Tabata é simples: não julgar pelas aparências. "Não é porque um homem entra na loja de terno e gravata que ele vai escolher a roupa mais séria da coleção."
Para Fabio Mariano, sócio da InSearch, as empresas que conquistarem LGBTs como clientes terão ainda a vantagem de trabalhar para consumidores fascinados por novas tendências. "Eles gostam de produtos inovadores, que gerem distinção", indica Mariano.
Fonte:O Estado de S.Paulo

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cinema - Filmes gays brasileiros arrasam em Portugal, e faturam prêmio em Festival de Cinema.


Queer Lisboa - Festival Gay e Lésbico de Lisboa, premiou em sua 15ª e última edição, encerrada na última semana, dois filmes brasileiros, ambos integrantes da programação do "18º Festival Mixbrasil de Cinema da Diversidade Sexual", que rolou em novembro de 2010 em São Paulo.
“Rosa Morena”, filme do brasileiro Carlos Oliveira, ganhou a sessão competitiva de Melhor Longa-Metragem com um prêmio de mil euros. O longa conta a história de Thomas, um arquiteto, que não consegue adotar uma criança na Dinamarca e viaja para o Brasil, onde conhece uma jovem grávida que concorda em dar seu filho em troca de uma vida melhor.
Outro vencedor brasileiro foi o curta-metragem “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro, que faturou no "Queer Lisboa" o Prêmio do Público para o Melhor Curta-Metragem, levando também para casa a quantia de mil euros. No 18º Mixbrasil, a produção ganhou nas categorias Melhor Curta Nacional (levando o cobiçado troféu Coelho de Ouro) e Melhor Roteiro. O curta já foi premiado também na Itália.
Confira na íntegra o curta metragem “Eu Não Quero Voltar Sozinho”:



Tributo a Jamey Rodemeyer Lady Gaga presta homenagem ao fã adolescente que suicidou-se, vítima de bullying.


Lady Gaga nunca esquece do seus "little monsters" ou monstrinhos, como os fãs da cantora são carinhosamente chamados por ela. Muitos desses fãs, aliás, podem estar sofrendo bullying, como o adolescente Jamey Rodemeyer, de 14 anos, que se matou na semana passada após sofrer assédio homofóbico por colegas de escola. 
Incansável defensora dos direitos LGBT, Gaga teria ficado inconsolável com a notícia do suicídio do adolescente, que era seu fã. Por isso a cantora, que estava em Las Vegas, para o encerramento do festival de música "iHeartRadio", resolveu fazer um tributo ao adolescente. Ela dedicou a ele uma versão especial de "Hair", uma de suas muitas músicas que incentiva a individualidade.
Perdemos um little monster essa semana, e eu queria dedicar essa música pra ele esta noite - disse Gaga, visivelmente emocionada.Jamey, eu sei que você está lá em cima olhando pra gente, e você não é uma vítima, é uma lição para todos nós. Em dado momento da canção, Gaga disse: Bullying é para os perdedores.
Confira a homenagem:

Justiça decreta prisão de Lucas Rosseti, suspeito de duplo homicídio na Oscar Freire.

SÃO PAULO - A Justiça de São Paulo decretou na segunda-feira (26) a prisão preventiva de Lucas Rosseti, de 21 anos, suspeito de matar a facadas o analista de sistemas Eugênio Bozola, de 52 anos, e o modelo Murilo Rezende, de 21, dentro de um apartamento na Rua Oscar Freire, nos Jardins, na capital paulista, em agosto. A informação foi confirmada nesta terça-feira (27) pelo delegado Maurício Guimarães Soares, da Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de SP.
Segundo ele, o DHPP concluiu o inquérito da Oscar Freire no início desta semana, indiciando Rosseti por latrocínio (roubo seguido de morte) e pedindo a conversão da sua prisão temporária para preventiva. O caso foi encaminhado ao Ministério Público, que, segundo o delegado, concordou com o novo pedido de prisão e o encaminhou à Justiça, que a decretou.
A polícia já estava na cola do suspeito.
Lucas matou as vítimas, as roubou e havia fugido. Não houve legítima defesa no entendimento da polícia. O mesmo entendimento é do Ministério Público e da Justiça, que aceitou o pedido da polícia e a concordância da Promotoria pela prisão preventiva, disse o delegado Soares, do DHPP. Agora, Rosseti ficará preso até um eventual julgamento.
De acordo com Soares, Rosseti será transferido da carceragem do 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, no Centro de São Paulo, para uma unidade prisional da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Os corpos do analista e do modelo haviam sido encontrados em 23 de agosto. Após o crime, Rosseti fugiu no carro de Bozola para Sertãozinho, interior de São Paulo. O veículo foi achado abandonado em 28 do mês passado. O jovem foi preso pela polícia no dia seguinte.
Segundo haviam dito no início de setembro os advogados de Rosseti, Frederico Borges, Leonardo Borges e Cesar Augusto Moreira, seu cliente alega legítima defesa para ter matado Bozola. A declaração consta em seu depoimento à Polícia Civil. O jovem também negou ter assassinado Rezende, que, segundo o suspeito, foi morto pelo analista.
Eu não tinha motivo algum para matar aquelas pessoas. Se eu tirei a vida de uma pessoa, foi para proteger a minha. Gostaria de deixar claro para a família do Murilo. Peço que não me encarem como um assassino e que não sintam ódio de mim, pois assim como Murilo, eu só sou um jovem cheio de sonhos que nunca causaria um mal desses a ninguém, escreveu Rosseti em carta no início de setembro.
Em outro trecho da carta, o jovem afirmava que “queria estar morto no lugar daquelas pessoas”, referindo-se ao analista e ao modelo. Ele ainda dizia que nunca teve nenhum relacionamento intimo com Bozola e Rezende. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, o analista era gay.
Ainda segundo o documento, Rosseti dizia que sua vinda a São Paulo foi “totalmente profissional”. Ele escreve que Bozola prometeu ajudá-lo nisso e, por esse motivo, deixou Igaravapa, no interior de SP, para ir até a capital paulista, onde ficou hospedado no apartamento do analista.
Reconstituição
A Polícia Técnico-Científica de São Paulo realizou a reconstituição do crime da Oscar Freire também em setembro.
Para o DHHP, Rosseti matou Bozola e Rezende por causa de uma discussão envolvendo o tempo de permanência dele no apartamento do analista. Assim como o modelo, o jovem estava hospedado no imóvel e teria se recusado a sair após uma semana. A família dele mora em Igarapava, interior de São Paulo. Para a polícia, Rosseti teria dopado as vítimas antes de esfaqueá-las.
Contra Rosseti, a investigação possui imagens de câmeras de segurança que mostram o jovem com as vítimas numa pizzaria e numa boate LGBT da capital paulista.
Os laudos do Instituto Médico-Legal (IML) vão apontar se as vítimas foram dopadas.
Rosseti terminou a carta pedindo desculpas a sua família e às pessoas que "gostam" dele. Peço que toda sociedade reveja os acontecimentos e procurem saber quem eu realmente sou, apenas mais um jovem sonhador, uma pessoa de bem, escreve o suspeito.Tenho muitas esperanças de que tudo vai ficar bem. Que Deus nos ampare sempre.

domingo, 25 de setembro de 2011

Pessoas caem de trio elétrico em Parada Gay na Ribeira Segundo informações da polícia, uma peça do trio não suportou o peso das pessoas e acabou despencando


Algumas pessoas ficaram feridas após caírem de um trio elétrico na Riberia, na noite deste domingo (25). Segundo informações da Polícia, uma das vítimas está gravemente ferida e as outras apresentaram lesões leves.

Os feridos estavam em cima de um trio elétrico durante Parada Gay realizada na Cidade Baixa, quando uma das peças do caminhão se despreendeu. Há suspeitas de que a estrutura do veículo não tenha suportado o peso e a quantidade de pessoas que estavam participando da festa na parte de cima do trio.

A polícia ainda não soube precisar se há somente as seis vítimas feridas pela queda, porque parte do público que estava acompanhando a festa do chão também foi atingido. As vítimas estão sendo socorridas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Corpo de Bombeiros e devem ser encaminhadas para o Hospital São Jorge.
Segundo a organização do evento, um cabo de aço se chocou contra o trio elétrico e a "gaiola", como é a chamada a estrutura superior do veículo, se despreendeu, atingindo o público que estava ao lado do caminhão no chão. Apesar da alegação da organização, testemunhas afirmaram que outras pessoas caíram do trio.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Centro de Combate à Homofobia - Prefeito Gilberto Kassab decreta a criação do CCH, com estrutura, equipe técnica e competências de cada área.


SÃO PAULO - Foi publicado no sábado, dia 17 de setembro de 2011 o Decreto n° 52.652, que cria o Centro de Referência em Direitos Humanos na Prevenção e Combate à Homofobia - CCH. Apesar de funcionar desde junho de 2006, o Centro ainda não havia sido formalmente criado.
Para o Secretário de Participação e Parceria, Uebe Rezeck, “O Centro de Combate à Homofobia é mais uma prova do compromisso desta gestão com a garantia dos direitos humanos para toda a população paulistana”.
Entre suas funções o Centro deve receber, encaminhar e acompanhar toda e qualquer denúncia de discriminação homofóbica e/ou violência que tenha por fundamento a orientação sexual e/ou identidade de gênero, além de garantir apoio psicológico, social e jurídico aos seus usuários.
“Esta é uma notícia extraordinária, pois agora o CCH, um serviço fundamental para a população LGBT que sofre discriminação, conta com amparo legal que garante seu funcionamento”, declara Franco Reinaudo, coordenador da Cads.
O decreto também estabelece as ferramentas necessárias para o funcionamento do Centro, como sua estrutura, equipe técnica e competências de cada área.

Deputado Jean Wyllys sofre ameaças de morte em comunidade criada no Orkut.




O ex-BBB e atual deputado federal do PSOL-RJ, Jean Wyllys, recebeu ameaças de morte por meio de uma comunidade do Orkut, denominada “Morte ao Jean Wyllys”. Segundo informações divulgadas pelo site do jornal ‘Estadão’, o fórum, que esteve no ar desde 8 de setembro, tem em sua descrição diversas ofensas aos homossexuais e palavras de incentivo à homofobia.

“Viado, desgraçado, filho da "p". No BBB disse que era gay, comoveu as massas, ganhou o BBB, lançou-se deputado federal e ganhou. Graças à Globo, esse viado está com projetos de PLC 122, influente na aprovação do casamento gay, quer que os viados doem sangue para dizer que dar o "c" é bom e saudável, quer que gays tenham cotas. Esse viado deve ser morto, levar umas porradas, ser torturado, desejo a morte de todos os gays e lésbicas, devem ser estupradas e mortas. Desejo a morte de Jean Wyllys e todos esses desgraçados vagabundos que querem direitos aqui no Brasil. Comparado em outros países, no Brasil, eles vivem no paraíso e ainda esses aidéticos, pedófilos, querem mais, igual a essas "p" feministas. Vamos debater aqui a forma de matar esse filho da "p" do Jean”.

Ainda de acordo com o site, Jean afirma que as ameaças e ofensas não são novidade, mas a comunidade sim. Ajuizei uma ação contra a pessoa que é dona da comunidade. Essa pessoa tem um site que prega pedofilia com meninas. Ajuizei no Ministério Público e enviamos uma carta do Google pedindo que o site fosse tirado do ar, disse o deputado.

Ele conta ainda que recebeu uma carta-resposta esclarecendo que a página não vai contra as políticas do grupo, sendo assim ela não poderia ser tirada do ar. Por conta disso, agora o parlamentar entrará também com uma ação contra o Google e o Orkut. É uma reação porque eu defendo os diretos de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) e a liberdade de crença, no sentido do direito de proteger a fé.


Na manhã deste sábado (17), entretanto, a comunidade já havia sido tirada do ar.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Radialista diz que respeita os gays, mas que estes são anormais e estão sufocando os héteros.


O interior do Estado de São Paulo sempre foi no imaginário de muitos paulistanos um lugar próspero, cheio de energia mas de fala mansa, gente gentil e muita cordialidade. É muito triste ver surgir exatamente dessa região, nos últimos tempos, notícias terríveis de violência contra gays, lésbicas e travestis. É de lá que recentemente o pai teve a orelha decepada por estar abraçando o filho, confundidos com um casal de homossexuais por uma gangue, por exemplo.
É de lá também, que surgiu esse vídeo do Programa do Meio Dia, da Rádio Educadora, de Limeira. Acompanhe:
Fonte: Mundo Mais

Transexual espancada no Mc Donalds luta contra o medo crescente da violência, e diz que não perdoará suas agressoras.



Em abril deste ano, a transexual Chrissy Polis, 22, foi fortemente agredida por Teonna Brown, 19, e uma amiga ao tentar usar o banheiro feminino de uma loja doMcDonalds, em Maryland. Polis foi arrastada pelos cabelos, e no meio do espancamento teve convulsões. Funcionários da loja gravaram toda a cena, e posteriormente jogaram o vídeo na internet.
A agressora foi condenada ontem a cinco anos de prisão. Teonna já havia se declarado culpada na esperança de não ser condenada. Os juízes pediram dez anos de cadeia para a garota, mas foi sentenciado cinco anos com três em liberdade condicional.
Ao ser condenada, Teonna Brown pediu desculpas à vítima.Minha mãe não me educou assim. Eu realmente gostaria de pedir desculpas, declarou. O juiz que a condenou, John Grason, classificou a agressão contra Polis de "absolutamente ultrajante".
Apesar dos pedidos de desculpas, Chrissy Polis afirmou que não perdoará as duas garotas que a agrediram. Minha vida privada foi exposta ao mundo. Eu perdi o meu emprego. Eu não posso ir a qualquer lugar sem o medo de se agredida novamente. O meu desejo é entrar num buraco e me esconder, declarou Polis, que não compareceu ao julgamento.
No dia da agressão, Teonna Brown estava acompanhada de uma menor, que também bateu em Polis. A menor segue internada numa casa de detenção para jovens infratores. O empregado que filmou e tirou sarro da vítima foi demitido pelo McDonald's

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Jovem de 18 anos é espancado, após padrasto descobrir que ele era gay.


RECIFE - Um caso de homofobia foi registrado no plantão de Delegacia de Prazeres, na madrugada de ontem. Um jovem de 18 anos, morador do bairro de Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), prestou queixa afirmando ter sofrido agressões físicas por parte do padrasto dele. Segundo o rapaz, toda agressão seria porque ele assumiu ser homossexual. Ele estava com o rosto inchado e as costas machucadas, e contou aos policiais que o padrasto, com quem mora desde os 9 anos, descobriu que ele tem um namorado.
O jovem contou que já apanha do marido da mãe desde criança. Ele me bate desde pequeno e agora entrou no site de relacionamento e viu minhas fotos com meu namorado. Disse que eu fosse para casa porque queria falar comigo. Quando eu cheguei, ele trancou-me no quarto e bateu muito em mim. Chamou-me de ‘veado’ e me agrediu com socos e chutes, pisou na minha cabeça e machucou muito as minhas costas. Minha mãe entrou no quarto e também apanhou. Eu cresci vendo ele bater na minha mãe, desabafou o rapaz.
Algumas pessoas da família estiveram presentes na delegacia, inclusive o namorado da vítima. Eu conheço ele há quatro meses e estamos namorando há dois meses. Resolvemos assumir o relacionamento. O motivo da agressão foi homofobia, porque o padrasto dele já bate nele e na mãe dele há muito tempo. Ele estuda e trabalha e já tentou até o suicídio por conta das agressões que sofre. Ele só não foi morto porque uma tia dele chegou na hora e impediu, contou o namorado do rapaz, um jovem de 24 anos.
Uma tia da vítima também esteve na delegacia, e disse que apoia a decisão do sobrinho. Apoio meu sobrinho. A decisão é dele. O padrasto dele cometeu um crime. Ele sempre foi violento e já bateu na mãe do meu sobrinho quando ela estava grávida. Não sei se posso chamá-lo de ho­mem. Ele é um monstro, disse a tia do jovem. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Prazeres.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Jovem de 18 anos é agredido, e os suspeitos admitem o motivo do crime: homofobia.



BELO HORIZONTE - Um jovem de 18 anos foi agredido na noite desta quarta-feira (7) por dois homens, na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar (PM), os suspeitos, um adolescente de 17 anos e um homem de 23, confessaram ter atacado o rapaz por ele ser homossexual.
Ainda de acordo com a PM, o jovem disse que estava sentado em um banco da praça, quando os dois passaram e o ofenderam verbalmente. Em seguida, eles teriam voltado e o agredido fisicamente com um soco-inglês e um canivete. Ele foi socorrido, segundo a polícia, com um corte no ombro.
A polícia informou que o adolescente suspeito de envolvimento na agressão foi apreendido, e o homem de 23 anos foi preso por lesão corporal. A vítima foi encaminhada para um hospital privado.


Fonte: Mundo mais

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Gays casam-se na igreja e cartório, mas empresa não inclui cônjuge em plano de saúde do companheiro.





CEARÁ - Um casal gay conseguiu oficializar sua união como um casal hétero: fez um contrato de união estável, o primeiro no Estado, e, ainda mais raro, conseguiu se casar em uma igreja cristã. Porém, a sucessão de felicidades foi interrompida - e não por aqueles pequenos momentos que todos os casais têm, como as roupas no lugar errado e a insistência em deixar a escova de dentes em cima da pia do banheiro.
Apesar do documento oficial, eles não foram aceitos em um plano de saúde familiar, oferecido pela empresa de um deles. A justificativa foi que a união estável não era suficiente. Para reverter isso, os dois pediram a conversão da união estável para registro civil. Novo problema: o pedido foi negado pela Justiça do Ceará.
Após a decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo, os auxiliares administrativo Leonardo Praxedes, 36, e José Irapuã Brandão, 35, colocaram no papel passado o que já era realidade há sete anos, desde que começaram a morar juntos. Foram os primeiros no Estado a fazer o contrato de união estável.
Logo em seguida, eles celebraram as bodas em uma cerimônia religiosa realizada pela Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) do Brasil, em Fortaleza. A igreja foi fundada nos Estados Unidos, em 1968, está presente em 42 países e, no Brasil, está organizada em Fortaleza, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Maringá. “Nós somos uma igreja cristã inclusiva”, explica o diácono Igor Simões. Ele já celebrou três casamentos de pessoas do mesmo sexo, incluindo o de Leonardo e Irapuã.
Os problemas começam
Leonardo e Irapuã acreditavam que o documento e principalmente o reconhecimento de uma instituição religiosa seriam os maiores obstáculos que enfrentariam antes de se tornar um casal. Eles não contavam com o que viria depois, quando esbarraram na negativa de um plano de saúde. Leonardo não pôde ser incluído como dependente no plano do companheiro Irapuã.
A empresa Hapvida disse ao casal que a decisão do STF sobre a união de casais homossexuais é muito recente e não existe ainda nenhuma recomendação da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) de como proceder em casos como esse. Por isso, o pedido de inclusão no plano foi negado.
O diácono Igor Simões disse à reportagem que viu com espanto o fato de os fiéis da igreja, mesmo com a oficialização da união estável, não serem aceitos por um plano de saúde. “A gente presencia muitos movimentos progressistas, muitas políticas publicas voltadas para as minorias, mas que, ao mesmo tempo, parecem não ter grande visibilidade, o que acaba ensejando esse tipo de coisa”, ponderou.
Porém, existe base legal para a decisão da empresa. É por isso que eles estão tentando converter, agora, a união estável em casamento. “Eu achei que as coisas estivessem mais claras e abertas. Mas isso provou que não está”, afirmou Leonardo.
Mudança para registro civil
A segunda frustração veio quando o casal não conseguiu converter a união estável em casamento civil. (reveja matéria AQUI)
Essa seria uma forma de impor ao plano de saúde a inclusão do dependente. Porém, a Justiça extinguiu o processo.
O advogado do casal, Paulo Petrola, conta que a juíza do caso “nem julgou, extinguiu o pedido. A juíza alegou na decisão que não havia diversidade de gênero e que o casamento só pode ser composto por homem e mulher”. Segundo ele, “o problema da união estável é que ela não muda o estado civil. Os dois continuam solteiros”. Agora, o advogado vai recorrer, argumentando que a Constituição Federal diz que a união estável pode ser convertida em união civil, desde que requerida a um juiz.
O advogado vai usar ainda duas decisões, em São Paulo e no Distrito Federal, que foram favoráveis a esse tipo de pedido. “O juiz tem que interpretar a lei de acordo com as dinâmicas sociais. Na minha visão, como na de outros advogados e juristas, essa conversão é algo que já deveria ser natural", completa Petrola.
O coordenador das varas cíveis, família e sucessões do Fórum Clóvis Beviláqua, o jurista Sérgio Luiz Arruda Parente, explicou que o casamento e a união estável são assuntos diferentes, caso se faça interpretação “literal” do Código Civil. Portanto é possível dizer, legalmente, que um casal do mesmo sexo com um contrato de união estável é, juridicamente, composto por dois solteiros.
Contudo, conforme o jurista, “ambos são espécies do gênero entidade familiar e, portanto, compostas pelo afeto”. “A tendência do direito de família é proteger cada vez mais as uniões que se baseiam na afetividade, daí muitos doutrinadores defenderem a igualdade desses institutos", disse ele. “Ao avaliar a interpretação do STF, a comunidade jurídica é que vem redesenhando o projeto, aproveitando os alicerces utilizados, que são os princípios constitucionais. Até que se defina a questão nos tribunais, ou que intervenha o legislativo, uns casam e outros não”, afirma Sérgio Parente.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

10ª Parada Gay da Bahia divulga vídeo contra a homofobia.



A organização da 10ª Parada Gay da Bahia inicia neste final de semana a divulgação de um vídeo institucional contra a homofobia. O material faz parte da campanha para coibir a violência praticada contra homossexuais e serve ainda de convocação para o evento, que acontece em 11 de setembro, em Salvador. Além do vídeo, haverá outdoor, cartazes e folhetos onde o GGB (Grupo Gay da Bahia), além de convidar para o desfile, orienta sobre o combate à homofobia.

“É muito difícil mudar comportamentos históricos, mas acreditamos que a informação correta e a educação libertadora têm poder de transformar homofóbicos em aliados” acredita o antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB e decano do movimento gay no Brasil.

No vídeo, um pai lamenta que o filho dele é homofóbico e motivado por esse ódio agride e mata homossexuais. A criação é da agência Propeg, que buscou trabalhar com o imaginário invertido popular do possível “desgosto” e desapontamento quando pai ou mãe acabam descobrindo que tem um filho gay ou filha lésbica.

Assista ao vídeo da campanha da 10ª Parada Gay da Bahia
O GGB divulgou em janeiro último um relatório anual de assassinato de homossexuais no Brasil, com base em dados de 2010. Foram documentados 260 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no país no ano passado, 62 a mais que em 2009 (198 mortes), um aumento de 113% nos últimos cinco anos (122 em 2007).

Dentre os mortos, 140 gays (54%), 110 travestis (42%) e 10 lésbicas (4%). O Brasil confirma sua posição de campeão mundial de assassinatos de homossexuais: nos Estados Unidos, com 100 milhões a mais de habitantes, foram registrados 14 assassinatos de travestis em 2010. O risco de um homossexual ser assassinado no Brasil é 785% maior que nos Estados Unidos.

A Bahia, pelo segundo ano consecutivo, lidera a lista macabra: 29 homicídios, seguida de Alagoas, com 24 mortes, e Rio de Janeiro e São Paulo com 23 cada. Rio Grande do Norte e Roraima registraram apenas um assassinato cada. Se relacionarmos a população total dos estados com o número de LGBT assassinados, Alagoas repete a mesma tendência dos últimos anos: é o Estado que oferece maior risco de morte para os homossexuais, cujo número de vítimas ultrapassa o total de todos os estados juntos da região Norte do país. Maceió igualmente é a capital onde mais gays são assassinados: com menos de um milhão de habitantes, registrou 9 homocídios, contra 8 em Salvador (3 milhões de habitantes), 7 no Rio de Janeiro (6 milhões de hab.) e 3 mortes na cidade de São Paulo, com 10 milhões de habitantes.

A 10ª Parada Gay da Bahia terá concentração a partir das 11hs do dia 11 de setembro, no Campo Grande, Centro de Salvador. A previsão de final do evento é para às 21h. É uma realização do GGB e tem como apoio, Governo da Bahia, através da Secretaria de Turismo, Bahiatursa, Secretaria de Cultura e Prefeitura de Salvador. 

Fonte: A TARDE

Texeira de freitas registra o primeiro "casamento gay" da Bahia.


Na tarde desta sexta-feira, 2 de setembro, o Fórum  Des. Manoel Pereira, em Teixeira de Freitas, foi palco da primeira união estável homoafetiva registrada em cartório no estado da Bahia. Foram unidos o suíço Leano Andali, 32 anos, e Osmar de Jesus Júnior, 23 anos, por uma lavratura de escritura que caracteriza a união conforme foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal.

O suíço Leano e seu companheiro, o brasileiro Osmar 
Leano Andali disse que a união foi o momento mais importante de suas vidas. "Além de estarmos unidos legalmente na suíça desde 2009, estamos contribuindo com a cidadania neste país”, comentou.
“Estamos vivendo plenamente a nossa união, isso é muito importante para mim”, afirmou Osmar Júnior, que conheceu  Leano na Suiça, há três anos em uma viajem a trabalho.
                                Madrinhas parabenizam o casal pela união
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De acordo com juiz Marcos Aurélio Sampaio, da vara de registro público, o que houve não foi um casamento, e sim uma união estável do mesmo sexo reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. O magistrado afirma que a união homoafetiva é feita para declarar perante a lei que eles convivem juntos, além disso, essa união tem o valor para declarar os bens do casal.

No final da união, Ana Maria Silva Santos, uma das testemunhas, fez uma homenagem ao casal, lendo uma mensagem que ela mesma escreveu:
“Júnior e Leano, quem ama não tem medo de quebrar todos os paradigmas da felicidade. De que valeria estar unindo aqui duas pessoas do sexo oposto e sem amor? Nada seria. Então viva intensamente esse amor, com respeito, responsabilidade e simplicidade. A felicidade não tem cor, cheiro, nem sexo, a gente só sente, e quando sentimos temos que agarrá-la”, dizia um trecho da mensagem.
A comemoração da união de Leano Andali e Osmar Jesus Júnior aconteceu em Medeiros Neto, onde a família de Osmar reside.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Jackie, dez anos e transex...Conheça a história do menino que identificou-se como menina, com apenas 10 anos de idade.


ESTADOS UNIDOS - Desde que nasceu, em uma pequena cidade de Ohio, Jack era diferente. Quando soube que teria um menino, seu pai, John, ficou feliz. Já tinha uma filha e queria um garoto para acompanhá-lo em atividades tipicamente masculinas, como jogar bola ou pescar. Mas as coisas não seguiram esse rumo. Ainda pequeno, Jack parecia se identificar mais com posturas femininas. Quando ele tinha 18 meses, já dava pra perceber que era fora do comum. A criança adorava se produzir, dançar e vestia fantasias de meninas, como roupas de princesa e bailarina. Tentamos comprar fantasias de super heróis, mas ele nunca teve interesse, diz a mãe da criança, Jennifer, ao "Good Morning America".
A primeira pessoa a perguntar para Jack se ele não se identificava como um menino foi a sua irmã mais velha, Sagan.Você quer ser uma menina?, disse para o irmão. Ele respondeu “sim”. Quando Jack tinha três anos, sua mãe começou a pesquisar na internet sobre transexuais. Na pré-escola, a vida de Jack já estava complicada, com as crianças o chamando de gay – o que é diferente de não se identificar com o próprio gênero.
Com 10 anos de idade, Jack virou para a mãe e disse emocionado: Eu sou uma menina e não consigo mais viver assim. A mãe lhe garantiu: Vai ficar tudo bem. A partir daquele momento, a família decidiu aceitar que Jack era uma menina no corpo de um menino. No começo, deixavam ele se vestir com roupas de garota em casa. Depois, veio a decisão mais difícil. Deixaram-no ser uma menina. Abandonaram o pronome “ele”, passaram a chamá-lo apenas por Jackie, e se alguém pergunta para os pais quantos filhos eles têm, respondem: “temos duas meninas”.
Nem todos reagiram tão bem à decisão. O avô de Jackie duvida que uma criança de dez anos tenha maturidade para fazer uma escolha tão importante. E novas escolhas virão. Com a chegada da puberdade, precisarão decidir se Jackie tomará hormônios para barrar o desenvolvimento de seu corpo de menino.
Embora as escolhas que envolvam a sexualidade e gênero sejam cada vez mais respeitadas, lidar com as consequências destas escolhas ainda é desafiador.
Fonte: Época

Cresce número de agressões contra homossexuais na Bahia


Este ano 11 homossexuais já foram mortos no estado. Há quatro anos, a Bahia ocupa o primeiro lugar no país em assassinatos de gays e lésbicas.



O Brasil é o país com o maior número de crimes contra gays no mundo. São 200 mortes todo ano. Uma pesquisa identificou o estado com mais casos registrados: aBahia. Depois vêm Alagoas e São Paulo.

O estudante de psicologia Isaac Matos, de 24 anos, foi encontrado morto esta semana no apartamento onde morava com o namorado, na orla de Salvador. Isaac foi assassinado a facadas. Não havia sinais de arrombamento, mas dois computadores e uma mochila com dinheiro sumiram. Em maio, o professor Elísio dos Santos, de 46 anos, foi morto dentro de casa na região do subúrbio ferroviário, uma das mais violentas da capital baiana.

Este ano 11 homossexuais já foram mortos na Bahia. Há quatro anos, o estado ocupa o primeiro lugar no país em assassinatos de gays e lésbicas. Trata-se de um tipo de violência que não para de crescer.

O número de homicídios de homossexuais na Bahia pulou de 18 em 2007 para 29 no ano passado. Neste mesmo período no Brasil, os assassinatos aumentaram de 142 para 260. O levantamento é do Grupo Gay da Bahia, uma organização não governamental que há 30 anos defende os direitos dos homossexuais.

“A Bahia é um estado tão alegre e tão receptivo para as diferenças de cor e raça, mas ao mesmo tempo tão intolerante. A violência generalizada no Brasil e no estado não se justificam, e também a impunidade”, afirma Luiz Mott, representante do grupo gay da Bahia.

O antropólogo Osvaldo Fernandez pesquisa crimes contra homossexuais. Para ele, os assassinos agem movidos principalmente pelo preconceito. “Homofobia, como uma patologia coletiva e preconceito social, permite conceber que, mesmo um furto ou latrocínio, sejam movidos por valores de ódio, discriminação e estigmatização da vítima”, opina o antropólogo.

domingo, 4 de setembro de 2011

Dion recebe o Troféu cidadania, em Mata de São João.

A cerimônia de entrega do Troféu Cidadania, de Mata de São João, realizado por Bira Lopes (Presidente do GRITE), aconteceu na noite de Sábado (03 de Setembro de 2011), na Casa da Cultura em Mata de São João.



O evento que precedeu a Parada gay, contou com a presença de figuras ilustres da cena GLBTT, como: Luis Mott, Franklin Silva (Grupo gay de Lauro de Freitas), vários lideres locais, e presidentes de grupos militantes da Bahia. Além dos homenageados, como nossa diva Dion, que recebeu a comenda pela sua historia de vida e luta pelos direitos da classe GLBTT.
Abrilhantando ainda mais a noite, um show impecável e glamouroso, com as divas Dion Santtyago, Marina Garlen, Michely Loren e grande elenco. Confira, o que rolou nessa grande noite...




sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Casal Gay da terceira idade se casa no hospital após esperar 40 anos



O casal Jacques Beaumont e Richard Townsend


É uma história para romântico nenhum botar defeito. O francês Jacques Beaumont e o americano Richard Townsend se casaram no último dia 2 de agosto. Para se unirem, eles tiveram de lutar contra dois obstáculos.

Esperaram quase 40 anos até conseguirem se casar oficialmente, segundo as leis do Estado de Nova York, que aprovou o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo no mês passado.

Superado o entrave jurídico, tiveram de lutar contra a saúde fragilizada de ambos. Beaumont, de 86 anos, foi diagnosticado com leucemia. Townsend, de 77 anos, sofre de Mal de Parkinson.

O casamento aconteceu dentro do hospital, o Beth Israel Medical Center, onde os dois estão internados desde julho. Eles usaram roupas brancas, oferecidas pelo hospital (eram roupas de doentes mesmo). Cada um em sua cadeira de rodas.

Uma sobrinha de Beaumont trouxe uma caixa de anéis da família para que os noivos pudessem trocar alianças. O bolo, com direito a noivinhos no topo, também foi oferecido pelo hospital.

“Quando Beaumont ficou doente”, contou Townsend ao jornal americano “The New York Times”, “nos casar se tornou algo vitalmente importante.” Eles não podiam suportar a ideia de se separar, por causa das complicações da doença, sem terem se casado.

A história dos dois começou em 1972, quando foram apresentados por amigos em comum. Beaumont, que trabalhava com serviço humanitário em vários países do mundo, era casado com uma mulher. Dois anos depois de conhecer Townsend e se encantar com o dramaturgo que era “brilhante como uma estrela no céu”, Beaumont se separou da mulher.

Townsend ganhou para sempre a companhia do namorado, que lhe encantou por ter um trabalho que mexia com “o destino do mundo.” Agora, casados oficialmente, eles seguem na tarefa de cuidar um do outro até que a morte os separe, como juraram solenemente em seus votos. É uma linda história que mostra como o amor verdadeiro pode superar tudo.

Miss Brasil Gay 2011 Raika Bittencourt, 35 anos, foi eleita neste sábado, no concurso que aconteceu em Juiz de Fora.


Ela nasceu Aelton de Almeida, é enfermeira, tem 35 anos e acabou de vencer o Miss Brasil Gay 2011, em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira. Ao incorporar Raika Bittencourt, além de ganhar o principal título da noite, no sábado (20), também arrebatou as premiações de melhor traje típico e de gala. A miss é mineira e mora na cidade de Madre de Deus de Minas, na Região Central do Estado, mas, no concurso, representou o estado do Piauí. Era um sonho que eu tinha desde que eu era pequena, novinha. Parece que a ficha ainda não caiu. É uma realização pessoal, disse.
Com 1,64 m, 60 quilos, 88 centímetros de quadril, olhos e cabelos castanhos, Raika derrotou outras 25 concorrentes. Mas eu me preparei para isso. Fiz bioplastia – coloquei implante de silicone nas maçãs do rosto e melhorei o contorno da mandíbula, queixo, explicou, acerca da única cirurgia que fez no corpo. E ela faz questão de enfatizar que usa manequim 40 feminino.
Raika disse que investiu R$ 8 mil na cirurgia, outros R$ 8 mil em um vestido quando disputou o "Miss Piauí" em fevereiro, no Rio de Janeiro. Mas o investimento maior veio depois. Ela gastou R$ 60 mil com roupas, sapatos e joias para defender a faixa do Estado do Piauí. Eu entrei para ganhar, disse, segura.
O dinheiro, ela disse que juntou com muito trabalho e esforço. Trabalhava de dia e fazia plantão à noite. Não comprava nada para o Aelton. Estava focada no Miss Gay, contou.
Raika é formada em enfermagem e estuda medicina em uma faculdade em Itaperuna (RJ), mas, para dedicar-se ao concurso, trancou a matrícula. No semestre que vem, pretende retomar os estudos e vai transferir o curso para Barbacena (MG), e ficar mais próximo da cidade onde ela mora.
A decisão de voltar à faculdade somente no ano que vem não foi por acaso. Raika sabe que, com o título de Miss Brasil Gay 2011, carrega uma série de compromissos e responsabilidades. Vou viajar muito e tenho que fazer trabalhos sociais. Hoje mesmo vou a São Paulo para gravar um programa de televisão, falou.
Feliz da vida, Raika disse que contou com a ajuda incondicional da família, como irmãos e sobrinhos. Se os meus pais fossem vivos, com certeza eu teria o apoio deles também.
Como prêmio, Raika ganhou uma viagem à França, com tudo pago, durante dez dias, com direito a um acompanhante. Acho que vou levar um amigo, mas ainda não sei qual, disse, em dúvida. Além disso, ela ganhou joias e bolsas.


Aelton, antes de transformar-se em Raika Bittencourt.

Dion, e sua afilhada Marina Garlen emociona público do Aniversário de Bagagerie Spilberg! Teatro Irdeb.2011


O lutador Minotauro, do UFC, afirma que não treinaria com um aluno gay, em sua academia.


Antônio Rodrigo Nogueiro, conhecido como Minotauro nos ringues, disse em entrevista à revista "TRIP", que não gostaria de treinar um aluno gay. Ele comentou sobre a encenação que ocorre antes da luta, em que os competidores se abraçam, se beijam e até tentativa de selinho já aconteceu.
A coisa da encarada antes das lutas é um lance de intimidação (...). Uma coisa que é normal no jiu-jítsu é a galera se beijar no rosto depois da luta. Eu beijo o Pezão, o Cigano. Quem não está acostumado fala: “Pô, os caras se beijam”. Mas a gente é tão amigo, tem tanto contato no dia a dia, que fica normal, afirmou o lutador.
Mesmo afirmando não ter preconceito contra gays, Minoutauro revelou que se tivesse um aluno gay em sua academia, preferiria não treiná-lo. Eu não treinaria com gay. Eu não tenho maldade, não acho aquele contato físico sexual. Mas vai que ele tem essa maldade de ter um contato físico comigo, de ficar ali agarrado...? Eu não tenho e não gostaria que alguém tivesse, entendeu? Eu não teria problema nenhum de ter um aluno gay na minha academia, mas preferiria não treinar com ele, declarou.
Sobre homossexuais no MMA (Mixed Martial Arts), Minotauro disse que nunca conheceu nenhum, mas desconfiava de um lutador americano. Tinha um lutador americano, era um peso pesado top quando comecei minha carreira, todo mundo desconfiava que ele era, mas não houve comprovação. Claro, não vou dizer o nome. Ele era bem afeminado fora do ringue, bem estranho, concluiu.

Maria Berenice Dias comemora a formalização do Estatuto da Diversidade Sexual, e afirma que a homofobia corre solta em nome das religiões.



A desembargadora aposentada e advogada especializada em Direito Homoafetivo, Maria Berenice Dias (foto), acaba de assumir mais uma encruzilhada em prol das questões LGBT. Nesta quarta-feira (24), ela formalizou junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) o "Estatuto da Diversidade Sexual", que será encaminhado ao Congresso Nacional como uma demanda popular. Outro documento produzido pela OAB foi entregue à senadora Marta Suplicy (PT-SP): trata-se da PEC (Proposta de Emenda Constitucional), que prevê a criminalização da homofobia, entre outros direitos.
Em entrevista, que você confere a seguir, Maria Berenice Dias diz que está na hora de os legisladores trabalharem em torno da questão LGBT, e que é inaceitável que até hoje a comunidade gay não tenha nenhuma lei para si. A advogada critica a criação do "Dia do Orgulho Hétero", que para ela carece de significado, visto que heterossexuais não sofrem violência ou exclusão social.
Maria Berenice Dias comenta ainda a respeito do Estado Laico, o qual não está sendo cumprido, segundo o seu ponto de vista. Sobre essa questão, ela diz que parte dos grupos religiosos realiza "marchas homofóbicas" para criticar e retirar direitos da comunidade LGBT. "A homofobia corre solta em nome das religiões e ninguém faz nada. Eles falam em liberdade religiosa, mas na verdade atuam em detrimento de uma parcela da população", critica a advogada.
O Estatuto da Diversidade Sexual conta com o apoio de parlamentares do Congresso Nacional?
Entregamos o Estatuto para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Ordem vai submeter ao Conselho Federal e vai encaminhar como iniciativa popular ao Congresso Nacional. Paralelamente ao Estatuto, elaboramos uma Proposta de Emenda Constitucional que já foi levada para o Senado e entregue à senadora Marta Suplicy (PT-SP). Na mesma oportunidade, falamos com o Sarney (José Sarney, PMDB-AP), presidente do Senado, e também falamos com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS). A Frente Mista pela Diversidade Sexual está apoiando esta iniciativa.
Como foi a recepção de Marco Maia e de José Sarney?
Ambas foram muito boas. Assumiram a responsabilidade de que há uma necessidade de haver uma legislação... Nós não temos nada, nenhuma lei... Só temos a concessão de alguns direitos específicos, mas até hoje nada andou. Agora é uma coisa que amplia tudo o que já foi proposto, decidido, e que está dentro do Estatuto: criminalização da homofobia, direitos das transexuais etc.
O projeto de parceria civil está há 15 anos no Congresso e a criminalização da homofobia está perto de completar dez anos na Casa. A senhora acredita que o Estatuto vai para frente?
Duas coisas importantes: em primeiro lugar, vem da Ordem dos Advogados, isso dá peso; em segundo, tem o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que modificou todo o panorama ao reconhecer os direitos dos homossexuais, provocando o Legislativo.
Como a senhora observa as bancadas religiosas apresentando projetos de lei que propõem o Dia do Orgulho Hétero em várias cidades e estados do Brasil?
Isso é algo sem significado. Essas escolhas e determinações de datas para certos seguimentos são feitas para seguimentos vulneráveis que são alvo de algum tipo de exclusão e também servem para elevar a autoestima. O heterossexual não precisa disso: eles não são alvos de nenhum tipo de rejeição e exclusão. Mas isso é um movimento reativo à população LGBT, é altamente preconceituoso.
Podemos dizer que, mais do que querer aprovar estas leis, eles querem reforçar uma ideologia sexista e conservadora?
Com certeza. É uma forma de referendar o preconceito.
A senhora acredita que há um avanço de um suposto "Estado Evangélico" em detrimento do Estado Laico?
Pois é... Esses avanços a gente enxerga que acontece um pouco, mas acaba não superando toda essa laicidade existente. As próprias marchas (religiosas) não têm significado, eles fazem marcha para louvar a Deus e não para propagar o amor. São marchas para retirar o direito da população LGBT. São marchas homofóbicas. Mas o pior é que não há nenhuma reação... A homofobia corre solta em nome das religiões e ninguém faz nada. Eles falam em liberdade religiosa, mas na verdade atuam em detrimento de uma parcela da população.
Eles adoram falar "respeitamos o pecador, mas não aceitamos o pecado"...
Mas não existe pecado sem pecador.
As bancadas religiosas são constitucionais?
Elas não existem enquanto bancadas. Não existe uma Frente Popular Evangélica. Eles se unem, são articulados, têm dinheiro, dominam um grande espaço nos meios de comunicação. Há um avanço do fundamentalismo religioso no mundo. Isso é um retrocesso, é uma afronta à Constituição, assim como é uma afronta à Constituição ter crucifixo nos tribunais, nas câmaras. O crucifixo faz propaganda de um crime hediondo, que é a morte por crucificação. Os símbolos religiosos têm de ser retirados em nome do Estado Laico